Palestra Maurício Passaro - Resumo
- eel2019
- 15 de abr. de 2019
- 2 min de leitura

Entre as fontes primárias brasileiras, a hidráulica tem sido o destaque nacional. Em 2016, a produção de energia dessa matriz atingiu 71,5% do quadro energético do país, com 113.784 MW, segundo dados fornecidos pela PEN. No entanto, há uma previsão para que as usinas eólicas aumentem sua participação até o ano de 2021 (de 6,8% para 9,7%), diminuindo ligeiramente a atuação das usinas hidrelétricas.
Para que a energia elétrica oriunda dessas fontes atinja o consumidor, é preciso que exista um sistema apropriado. O Sistema Interligado Nacional (SIN) é o responsável por essa geração e transmissão da energia elétrica no Brasil. No ano de 2016, conforme os Dados Relevantes da Operação, o SIN completou no total uma rede com 134.765 Km de extensão. Por um procedimento de sobreposição, essa malha cobriria quase toda Europa, o que aponta para a grande dimensão desse sistema.
No aspecto que tange às peculiaridades da Indústria de Energia Elétrica é válido ressaltar a necessidade de simultaneidade entre geração, transmissão e consumo, uma vez que a energia elétrica não pode ser armazenada em grandes quantidades. Por uma questão de segurança a frequência fornecida deve permanecer em 60Hz. Entretanto, isso só ocorre se existir uma igualdade entre consumo e geração, caso não ocorra há um desequilíbrio e a frequência varia.
Sabendo dessa necessidade de coordenação entres os pontos principais do sistema, o planejamento e programação da operação é uma questão crucial. Partindo da ideia de que há uma inconstância de consumo durante o dia, os sistemas devem estar preparados principalmente para os momentos conceituados como ponta. Nesse instante, há um intenso consumo de energia de forma conjunta, levando a urgência de elevar a geração. Esses ápices são comuns em eventos como a Copa do Mundo. Cada setor na sociedade confere um comportamento diferente, as indústrias têm uma maior variação no momento de troca dos operários e a iluminação pública só nos períodos noturnos, por exemplo.
O órgão responsável pela coordenação das operações das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no SIN é a ONS, uma empresa privada sem fins lucrativos. Seus centros de operações estão situados em Florianópolis, Brasília, Rio de Janeiro e Recife. Neles há o controle de cheias, tensão, geração, frequência, carregamento, limites operativos, intervenções, reserva de potência, carga e recomposição. No entanto, com as inovações e o advento das redes inteligentes surge a necessidade de repensar essa forma de operar. Já existem casas e edifícios “inteligentes”, e veículos com seus próprios geradores a hidrogênio. Portanto, coloca-se em pauta a adaptação e originalidade esperada dos novos profissionais da área frente à essas mudanças.
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