Impacto Social
- eel2019
- 28 de jun. de 2019
- 2 min de leitura

Em princípio, em reuniões internacionais, questões relacionadas a fontes de energia
sustentáveis são altamente cobradas. Segundo o relatório anual do Greenpeace (2016,
página 6) “O Brasil pode chegar a 2050 com uma matriz energética 100% renovável,
criando novos postos de trabalho, melhorando a qualidade do ar e a vida de milhões de pessoas, além de ajudar a limitar o aumento da temperatura global”.
De conformidade com as orientações da organização encontram-se algumas análises
retiradas de pesquisas científicas.
Primeiramente, ao que tange a condição do ar, foi observado que os poluentes
atmosféricos advindos da utilização de combustíveis fósseis como fonte energética
degradam a biodiversidade local e provocam malefícios à saúde humana. Dentre esses males é possível citar alergias, lesões degenerativas no sistema nervoso e em órgãos vitais, câncer, distúrbios respiratórios, entre outros (Kompac, 2001).
Ademais, barreiras políticas que impedem o crescimento sustentável. Entre elas estão a falta de planejamento e baixa previsão de longo prazo em âmbito nacional, regional e local; o financiamento curto à área de pesquisa e desenvolvimento de placas e
tecnologias, a pouca ambição no planejamento de uma rede elétrica integrada e a falta de estabilidade de mercado.
De tal forma, é possível observar que a dependência do petróleo no regime atual
mostra a vulnerabilidade do país. A participação deste recurso e seus derivados no ano de 2018 na matriz energética brasileira foi de 36,12%, conforme apontado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Isto é, mais de 1/3 de fonte de energia está subordinado a essa substância. Esse cenário é delicado, uma vez que o petróleo também tem caráter estratégico e, sendo assim, as principais nações produtoras influenciam diretamente na oscilação do preço deste recurso.
Tratando de questões sociais, as fontes sustentáveis, em específico, a implementação de placas fotovoltaicas, ainda promovem a criação de milhões de empregos verdes,
estimulam o desenvolvimento de novas tecnologias, e possibilitam atender a quem não tem acesso à eletricidade - que, no Brasil, somam cerca de 1 milhão de pessoas. Um estudo realizado no ano de 2014 através de habitações populares em Santa Rosa/RS, aponta a necessidade do sistema que aumentaria o poder aquisitivo dos usuários, minimizando os gastos com energia elétrica, causando impacto positivo no
desenvolvimento dessas famílias. Segundo Abiko (2010, página. 11), “o uso racional de
energia nestas novas habitações, assim como nas já existentes, se apresenta como uma medida prioritária que, além das questões ambientais, pode melhorar a renda e a qualidade de vida da população”.
Portanto, a implementação do sistema fotovoltaico soluciona as grandes problemáticas que envolvem a dependência de combustíveis fósseis, principalmente, do petróleo. Essa fonte de energia limpa impacta positivamente a sociedade, contribuindo para uma melhor estabilidade política e econômica, além de assegurar direitos indispensáveis como a saúde e qualidade de vida.
EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA (EPE). Matriz Energética e Elétrica.
Disponível em: http://epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica . Acesso
em: 5 jun. 2019.
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA(ANEEL). Atlas da Energia
Elétrica do Brasil. Brasília, 2002. Disponível em:
http://www2.aneel.gov.br/arquivos/pdf/livro_atlas.pdf . Acesso em:5 jun.2019.
GREENPEACE. Revolução Energética – Rumo a um Brasil com 100% de energias
limpas e renováveis. São Paulo, 2016. Disponível em:
<http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/image/2015/Dezembro/2016/Revolu
%C3%A7%C3%A3o%20Energ. Acesso em: 05-06-2019.
ABIKO, Alex. K. et al. Eficiência Energética e Habitação de Interesse Social no Estado
de São Paulo. Sustainable social holding iniciativa. SP, dezembro, 2010.
VIER, Lucas Carvalho; SILVA, Joice Moura; BUENO, Bruna Gioppo; SANTOS, Rafael Reinheimer;
RODRIGUES, Mauro Fonseca . Estudo de viabilidade para utilização de placas
fotovoltaicas em habitações populares. Artigo (Grau de Bacharel em Engenharia
Elétrica) – UNIJUI, 2017.
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